As
dificuldades encontradas por jogadores nordestinos são muitas. Falta de
patrocínio, pouco investimento no esporte, condições precárias para
treinamento, e tantas outras situações que desmotivam qualquer atleta. Muitos
jovens nesta situação desistem do sonho de se tornar jogador profissional, e
vão em busca de outras alternativas, dentro ou fora do mundo esportivo.
A história do ponteiro
passador pernambucano Georg Emmerich foi de muitas
dificuldades, no entanto o atleta nordestino nunca desistiu do esporte e
coleciona títulos por times pernambucanos e internacionais. Equipes, idioma, futuro profissional, confira a
trajetória do jogador e estudante de direito que trocou o calor de Pernambuco
pelo frio do Líbano, onde defende a equipe Hboub a duas
temporadas.
“Conheci sobre o
Voleibol Libanês em 2011, quando um amigo da Servia que já havia
jogado no Líbano, me indicou para um time, , que logo se tornaria meu time e
pela segunda temporada seguida. O nome Hboub é também o nome da Cidade, de
quase 100% de católicos, povo do bem, acolhedor, alegre, amigo. Por ser um país
onde há também muitos muçulmanos e refugiados da Síria ( por ser
fronteira e estar em guerra), estou aprendendo cada dia mais o
significado de respeito pelo próximo, independente de religião, classe social, raça.”
Experiências,
família
Com a crise Europeia, o mundo Árabe
está a cada temporada sendo mais procurado pelos jogadores de Voleibol e sem
dúvidas é um privilégio jogar aqui. O legal de jogar fora do país, é você
está podendo conhecer culturas, pessoas, lugares, e de forma rápida se
adaptar a eles. É ter responsabilidade, é saber lidar com a pressão, saudade,
raiva, dúvidas, decisões, indecisões, e resolver
seus próprios problemas, é estar de certa forma ( em meu caso),
mais perto de Deus, no sentido de buscá-lo intensamente. Por outro lado, é
estar longe de casa, dos amigos, família, dos aniversários, dos feriados, do
NATAL, Ano Novo, do Carnaval.”
Temporada
Nessa temporada 2012/2013, meu time,
HBOUB está na 5° colocação. Em 8 jogos disputados, ganhamos 5 e perdemos 3.
Estamos fazendo até então, um bom campeonato, tendo em vista que os alguns
times tem um investimento bem maior, mas pecam na união e força coletiva. Ao
todo são 13 equipes na 1° divisão e todas contam com jogadores estrangeiros,
exceto o time do exército. Somando todos os times, há até agora, 9
brasileiros jogando aqui.
Universidade,
vôlei e futuro profissional
Estou estudando Direito na UniNassau. 10° e
último período. Pelo fato de jogar fora do país, ainda não me formei, e
não é simples, todo ano tenho que trancar o curso e depois reabrir, mas já que
a vida de atleta não é pra sempre, e foi essa que escolhi, temos que estar
preparados e ter bolsa completa na Universidade é uma grande ajuda e temos que
dá valor. Depois que me formar em Direito, só penso em exercer a profissão
quando estiver de férias no Brasil, conciliando com os treinos, é claro, ou
quando me aposentar do Voleibol.
As
mudanças no regulamento, impostas pela FIVB em 2013 vem trazendo várias reflexões,
questionamentos e incômodos no vôlei de praia.
Quando
ainda jogava nas areias, o atleta Pernambucano decidiu migrar para as quadras
por não concordar com mudanças feitas pela confederação.
Decidi largar o Vôlei de Praia, não
por consegui resultados ou por achar que não me daria futuro, pelo contrário,
quando larguei, estava em 13 do ranking brasileiro. Eu prefiro o vôlei de
praia, mas as mudanças no regulamento que estavam e estão acontecendo no
circuito brasileiro é realmente desestimulador e por isso, eu resolvi
jogar vôlei de quadra e desde 2008 estou na luta, sempre com boas oportunidades
e não me arrependo de nada.
Perfil:
Georg Emmerich
Ponteiro passador
06 /11/1984
Recife –
Brasil
Principais Títulos:
3° lugar no sul-americano Juvenil
Vice campeão Brasileiro sub 21
3° Copa Scandivana
3° Campeonato Dinamarquês
Hepta campeão norte nordeste
Hexa Campeão Pernambucano
Vice Campeão Universitário
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