Ana Patrícia, mãe do João Rafael, conta sobre a experiência de ser mãe do atleta pernambucano convocado para seleção

Elas são as responsáveis por gerir, cuidar, educar. São os principais exemplos nas nossas vidas. As que sofrem mais a cada derrota, consequentemente as que vibram ainda mais a cada vitória. Acordam cedo, de madrugada, ás vezes nem dormem. Se ser mãe é uma tarefa difícil, ser mãe de atleta é ainda mais.
"Discretas ou torcedoras barulhentas, cheias de conhecimentos técnicos ou praticamente ignorantes quanto às regras do esporte, jovens ou maduras, todas as mães de atleta merecem destaque. Afinal, para o grande público, ela permanecerá sem nome, a mulher anônima por trás do sucesso do grande campeão, a mãe de alguém. Mas, para os filhos atletas, ela para sempre será reconhecida como a base sem a qual nunca viveríamos as emoções da vitória.”


O Vôlei Nordeste conversou com Ana Patrícia, mãe do pernambucano João Rafael, sobre as emoções de ser mãe de atleta

Confira a entrevista:
Com quantos anos o João começou a se interessar por voleibol?
Aos 11 anos

Você apoiou?
Sim, sempre apoiei. Porque desde o primeiro dia em quadra ele se encantou e eu me encantei com a felicidade dele.

Uma das principais dificuldades de um atleta é conciliar a rotina esportiva com a vida escolar. Como foi essa realidade para o seu filho? Como mãe, de que forma você tentava equilibrar isso? 
Foi um pouco difícil, tive muitas dificuldades. Ele teve que abdicar de vários dias de aulas para ir a um jogo, adiando provas, testes e trabalhos. E quando acabava a temporada de jogos, tinha que correr muito para recuperar o programa escolar. Sempre o incentivando a conciliar a escola e o esporte.

Como lidar com a saudade em épocas de viagens longas?

Essa é a parte mais difícil para uma mãe, porque a saudade é grande. Porém, a internet é nossa aliada, pois é uma grande ferramenta para aliviar a saudade (risos). Mas a certeza de que ele está bem e fazendo o que gosta a saudade se transforma em alegria.

Qual a conquista mais importante que você se recorda? 
Sul Americano 2012. Quando o vi recebendo o troféu de melhor saque e melhor jogador.

A rotina de mãe de atleta fica diferente em finais ou disputas decisivas?
Sim, bastante. Pois nossos joelhos não ficam os mesmos, ficam bastante inchados de tanto que ajoelhamos para rezar (risos). Mensagens de apoio também são constantes. De manhã até a hora do jogo. Tanto para ele como para toda a equipe.

Algum fato curioso que já aconteceu relacionado ao seu filho?

Tem várias, mas vou citar uma engraçada. Uma certa noite, João sonha jogando vôlei e falou alto: "olha o saque" "vai vai vai" Frases inerentes ao jogo. E eu acordei, pensando que eu estava assistindo um jogo dele.

Seu filho já passou algum dia das mães sem está com você? Se sim, como foi?
 Sim. Com muita saudade, mas ao mesmo tempo, ele estava mais presente do que nunca. Pois me enche de ligações e mensagens. E isso me deixa muito feliz.

Neste dia das mães qual o melhor presente que poderá receber?
Um abraço bem apertado, um beijo bem gostoso e ouvi-lo dizer mais uma vez: "te amo mãe".


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