Imagem: Site Sada Cruzeiro |
O primeiro título da história do Cruzeiro no vôlei coroa também a trajetória de sucesso de um paraibano. Aos 28 anos, Daniel Andrade Costa Gramignoli foi titular em poucos jogos, mas nem por isso deixou de comemorar o seu segundo título nacional - ele já havia erguido a taça da Superliga na temporada 2004/05, jogando pelo Banespa.
- Aqui no Cruzeiro todos fazem parte de uma família, todo mundo se ajuda. Por isso, o grupo todo se sente campeão, faz parte desta conquista - disse o jogador, por telefone, ainda festejando a vitória por 3 sets a 1 sobre o Vôlei Futuro, na manhã deste domingo, em São Bernardo do Campo.
Feliz em Belo Horizonte, onde tem a companhia da irmã, Mari Paraíba, que joga no Minas, Daniel faz planos de continuar muito tempo jogando pelo Cruzeiro. Segundo ele, já existe a conversa para a renovação de seu contrato por parte da diretoria. Mas nem por isso ele esquece as raízes. O sonho do levantador é um dia jogar a Superliga por um time nordestino.
- Seria emociontante. O torcedor com certeza lotaria os ginásios. Acho que falta mais investimento no vôlei nordestino. Se houver um projeto, uma estrutura para viagens, é possível formar um time competitivo no Nordeste. Isso já aconteceu na Superliga feminina - lembra Daniel, se referindo à participação do Sport Recife.
Além de Daniel, outros dois jogadores do elenco do Cruzeiro também são nordestinos - o ponta Maurício é alagoano e o meio-de-rede Douglas Cordeiro é pernambucano. Para Daniel, isso comprova a força do vôlei regional.
- Se um dia eu tiver a oportunidade de jogar por um time da Paraíba ou mesmo do Nordeste, seria a realização de um sonho. Vamos ver...
Tensão na final
Daniel jogou pouco tempo na grande final deste domingo. Ele só entrou em quadra uma vez, na inversão do 5-1 feita pelo técnico Marcelo Mendez. Nem por isso, deixou de sofrer. Aliás, como todo jogador, o sofrimento foi ainda maior fora de quadra.
Daniel jogou pouco tempo na grande final deste domingo. Ele só entrou em quadra uma vez, na inversão do 5-1 feita pelo técnico Marcelo Mendez. Nem por isso, deixou de sofrer. Aliás, como todo jogador, o sofrimento foi ainda maior fora de quadra.
- É muito difícil estar ali, na expectativa de ajudar o time. Mas a gente faz o que pode do lado de fora. Dá um toque aqui, incentiva ali... Foi um jogo difícil, tenso, especialmente no primeiro set, quando estivemos atrás do marcador - relatou o camisa 2 do Cruzeiro.
De fora da quadra, o paraibano recebeu o incentivo do pai, Isnaldo Costa, que acompanhou a final em São Bernardo do Campo.
- Foi muito bom vê-lo na arquibancada. Depois do jogo ele foi o primeiro a me abraçar, ele estava emocionado. Também já falei com todos em Campina Grande - avisou o jogador.
Viagem adiada
Ao contrário do que fez em 2005, quando foi campeão pelo Banespa, desta vez Daniel não vai levar a medalha da Superliga para a Paraíba. Pelo menos por enquanto. É que a viagem para Campina Grande foi adiada por um motivo mais do que justo.
Ao contrário do que fez em 2005, quando foi campeão pelo Banespa, desta vez Daniel não vai levar a medalha da Superliga para a Paraíba. Pelo menos por enquanto. É que a viagem para Campina Grande foi adiada por um motivo mais do que justo.
- Minha filha nasceu há 20 dias e não dá para viajar com ela agora. Mas já disse a todo mundo: a Luize é pé-quente. Já nasceu campeã - brincou o jogador, que vai passar os 30 dias de folga em São Paulo e só deve ir à Paraíba no final do ano.
Quando for a Campina Grande, Daniel espera reencontrar mais uma vez o técnico Ricardo Silveira, que o lançou no vôlei profissional.
- Sempre que posso vou aos treinos dele lá na AABB. É para incentivar a garotada. Sinto que eles me veem como um espelho e sentem muito orgulho de um paraibano jogando vôlei de alto nível. Procuro retribuir esse carinho.
Originalmente publicado em: http://globoesporte.globo.com/pb/noticia/2012/04/campeao-da-superliga-daniel-espera-mais-investimento-no-volei-nordestino.html
Seria muito importante os times do nordeste entrarem na superliga assim daria oportunindade para novos atletas brasileiros aparecerem no cenário do país.
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