Reportagem originalmente publicada pelo site R7.com
Apesar do caráter nacional, na prática, a última edição das Superligas feminina e masculina de vôlei esteve mais para um campeonato regional. Isso porque das 22 equipes que participaram da competição, todas tinham sedes nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Mas, na próxima temporada, ao menos os torcedores nordestinos poderão desfrutar do esporte um pouco mais perto de casa: criado este ano, o time feminino Vôlei Maranhão já recebeu convite para a disputa 2013/2014 da competição.
Tendo o técnico Chicão, ex-São Caetano/Blausiegel, como um dos cabeças, o Vôlei Maranhão foi ao mercado contratar algumas atletas. Entre elas, está a levantadora da seleção argentina Yael Castiglione, além de nomes como Ednéia, Dani Suco e Nikolle, todas com passagens pelos melhores clubes nacionais. A data de apresentação está marcada para 3 de junho.
Segundo o treinador, são ao menos três anos de projeto garantidos. A ideia é evoluir pouco a pouco, mas a meta para a temporada de estreia já está fixada:
- Não adianta entrar e já falar que vamos para as cabeças. O primeiro objetivo é ficar entre os oito, entrar nos playoffs. Com os anos, esperamos chegar um pouco mais à frente. Não adianta eu ser hipócrita e falar que vamos chegar entre os quatro. Se ficar, será fantástico, mas o objetivo é ficar entre os oito.
Com a experiência de já terem participado de um time na região na primeira metade dos anos 90, Chicão tem como parceiros no projeto outros dois amigos daquela época, Geraldo Magela e Antonino Araújo. Juntos, os dois cuidaram a viabilidade política do Vôlei Maranhão, que contou com o apoio da família Sarney para conseguir verbas via uma Lei de Incentivo Fiscal do Estado:
- Alguns colocaram que nosso orçamento era de R$ 2 milhões, mas não chegou a isso, pois senão eu tinha contratado mais gente. Tem também uma verba de estrutura, que eu não sei qual foi, para reforma do ginásio Costa Rodrigues, por exemplo. Enquanto eles ficaram correndo atrás disso, fui atrás de jogadoras.
A ideia é também contar com co-patrocinadores privados que ajudariam na verba para ganhar um lugar na camisa da equipe, mas por enquanto nenhum apoio deste tipo foi acertado. Mesmo assim, Chicão assegura que o time terá dinheiro suficiente para que as atletas de fora sejam hospedadas em quartos individuais em hotéis, com van à disposição para ir e voltar os treinos, além de convênio médico e clínica de fisioterapia à disposição. A criação de categorias de base, destinadas a dar chance para atletas de toda a região, estão planejadas para o ano que vem.
O projeto de basquete feminino do Sport Recife, atual campeão brasileiro, é uma das inspirações, inclusive no que diz respeito ao medo de que poucos jogos da equipe sejam transmitidos pela TV por conta da distância com relação a Rio e São Paulo:
- Eu acho que não porque hoje o satélite aproxima de tudo. O basquete, por exemplo, teve vários jogos transmitidos pelo SporTV. Lógico que todo primeiro ano é difícil, mas a partir do momento que você faz o negócio se desenvolver, as coisas começam a ficar mais próximas.
A estreia oficial do Vôlei Maranhão está programada para o fim de julho na Liga Nacional, espécie de “Série B” do vôlei brasileiro onde será permitida apenas a participação de jogadoras de até 23 anos. Para manter as atletas mais velhas que isso em atividade, Chicão pretende acertar amistosos em São Paulo, assim como fazer uma associação do time com alguma cidade do interior paulista para a disputa dos Jogos Regionais e dos Jogos Abertos.
Diante de tudo isso, o treinador garante que a torcida nordestina pode ficar otimista:
- Não queremos cometer erros que outras equipes cometeram quando entrarem no vôlei do Nordeste e não pensaram em continuidade. Nós sentamos e pensamos em presente e futuro.
Aleluia....... Tenho 12 anis e jogo volei..... Fiquei indignada que o basquete maranhense avancava... E o volei nada!! Parabens Maranhao.... Por mais um avanço!!!!"
ResponderExcluirAlexia Melissa