João Rafael Barros foi recentemente contratado pela equipe italiana
Molfetta Volley, a primeira experiência em um clube fora do
país reflete o bom trabalho realizado no Minas, ao qual era peça
importante do esquema do técnico Nery Tambeiro.
Hoje o atleta colhe bons
frutos no esporte e sobrevive exclusivamente do voleibol, mas nem sempre foi
assim, a mãe, Ana Patrícia, conta que conciliar os estudos com a rotina
esportiva não era muito fácil: “Foi um pouco difícil, tive muitas dificuldades.
Ele teve que abdicar de vários dias de aulas para ir a um jogo, adiando provas,
testes e trabalhos. E quando acabava a temporada de jogos, tinha que correr
muito para recuperar o programa escolar.”
O amor pelo vôlei é tão grande que o
atleta chegava a sonhar com a modalidade: “Uma certa noite, João sonha
jogando vôlei e falou alto: "olha o saque" "vai vai vai".
Frases inerentes ao jogo. E eu acordei, pensando que eu estava assistindo um
jogo dele, conta a mãe.”
Orgulho e exemplo para nova geração do
vôlei nordestino o atleta faz questão de lembrar de onde veio: “Sempre carrego
o nome de Pernambuco para onde vou, porque sei da tradição. Onde chego, todo
mundo comenta dos jogadores de sucesso que saíram daqui do Estado. É uma
motivação enorme para mim, pois a meta é me igualar a eles”, garantiu,
referindo-se a nomes como Pampa, Dani Lins e Jaqueline em entrevista para o -
Folha PE.
Normalmente os eventos internacionais não
passam no Nordeste, o que frustra os torcedores da região e consequentemente
impede que os familiares torçam de perto. Com a possibilidade de acompanhar a
equipe que representará o país nos jogos Pan-Americanos de Toronto nos
amistosos que acontecerão em 3 capitais nordestinas: Natal (04/07),
Fortaleza (06/07) e João Pessoa (11/07), mães, pais e tios não escondem a
felicidade e realização que será acompanhar de perto a equipe. A avó materna do
pernambucano é uma das torcedoras que não esconde a felicidade e expectativa.
"A minha expectativa é grande e a
emoção maior ainda. Fico até com dificuldade de expressar-me. Estou muito
ansiosa e contando os dias para vê-lo jogando. Rezarei muito pedindo proteção e
vitória para o Brasil, mas confesso que sem receio nem pudor vou gritar o nome
dele como toda boa torcedora e fã", disse dona Lourdes.
O ponteiro também fez consideração
sobre a preparação para o Pan e jogos na região Nordeste: “Tem um tempo que
estamos treinando, mas esta série de amistosos serão fundamentais para o nosso
crescimento, para pegar ritmo de jogo. Teremos arbitragem oficial e um
adversário de alto nível que também estará na competição. Há detalhes que só
conseguimos ajustar jogando. No Nordeste, onde tudo começou para mim, jogar com
a presença de amigos e familiares torcendo, me deixará muito feliz. Normalmente
os torneios internacionais não passam por lá, mas tenho certeza que a torcida
fará uma bela festa. - disse o ponteiro.
Quem quer saber um pouco mais sobre a
carreira do Pernambucano pode conferir a matéria produzida pela Folha PE.
http://www.folhape.com.br/blogdeprimeira/?p=126609
O início no vôlei aconteceu quase que
por acaso. No começo, os treinos eram apenas parte das atividades que João
Rafael, então com 15 anos, praticava na educação física do colégio, quando
ainda era aluno do Motivo. Em nenhum momento passou pela cabeça do jovem
estudante que aqueles saques despretenciosos lhe renderiam uma carreira de
sucesso no voleibol.
Hoje, aos 22 anos, o ponteiro comemora
a primeira convocação para a seleção brasileira adulta de vôlei: irá se juntar
ao grupo que representará o País na temporada 2015, que terá como compromissos
a Liga Mundial, o Campeonato Mundial Sub-23 e os Jogos Pan-Americanos de
Toronto, no Canadá, entre os dias 10 e 26 de julho.
A primeira oportunidade de defender o
País veio em 2009. Após se destacar pela seleção pernambucana no Campeonato
Brasileiro de Vôlei, disputado em Limoeiro, no Agreste do Estado, o pernambucano
chamou a atenção de Percy Oncker, treinador da categoria infanto-juvenil da
seleção brasileira na ocasião. A competição rendeu a João uma temporada de
treinamentos em Saquarema, no Rio de Janeiro. No período, o atleta ainda fechou
contrato com o Pinheiros, de São Paulo. “Foi uma experiência incrível para mim.
Tínhamos um time forte e isso me fez crescer muito”, contou o jogador.
Representando as cores verde e amarela,
João disputou o Mundial infanto-juvenil, na Rússia. “Foi o momento de aprender
outro tipo de vôlei. Éramos novos e jogamos com meninos muito maiores, isso
assustava. Foi naquele momento que tive que aprender a lidar com o medo”,
revelou João. Após retornar do Mundial e ainda passar quase três anos no clube
paulista, foi contratado pelo Minas Tênis Clube – um dos principais do Brasil
-, onde amadureceu e se tornou ainda mais reconhecido no esporte.
Quando ainda atuava em solo
pernambucano, João Rafael conseguiu se destacar e até somar títulos. Pelos
Jogos Escolares, em 2007, garantiu o terceiro lugar atuando pelo Colégio
Motivo. No mesmo ano, em Campina Grande, foi campeão dos Jogos da Amizade
O Canuto não está na lista do Pan. Sabem se é por lesão ou opção da CT?
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