A seleção brasileira masculina de vôlei parece estar se encontrando na Liga Mundial. Depois de começar o final de semana com 3 a 0 fácil para cima da Finlândia, o Brasil venceu o Canadá de virada por 3 sets a 1 agora há pouco. Cometeu muitos erros em alguns momentos, sofreu na virada de bola no começo, mas o time está crescendo.
O bloqueio, destaque contra a Finlândia, demorou a aparecer neste sábado. No primeiro set o Brasil não conseguiu um ponto sequer no fundamento. No segundo, conseguiu o primeiro ponto com Rodrigão. O time marcou melhor na terceira parcial e chegou ao final já entendendo bem o tempo de bola dos canadenses. Não é bom começar assim, devagar, mas valeu a pena ter se encontrado e colocado pressão.
O mesmo foi com a virada de bola. Na primeira parcial, o Canadá atacava com facilidade e as bolas do Brasil saiam um pouco presas, fora de tempo, sem convicção. Do segundo set em diante, a seleção cresceu no ataque e também no volume de jogo, aproveitando os contra-ataques. As jogadas foram mais variadas e a vitória veio. Entretanto, vale ficar atento. Depois de dar apenas dois pontos em erros no segundo set, a equipe nacional entregou nove bolas de graça no terceiro. É que o Canadá também não estava mais colocando tanta pressão como no começo.
Veja como foi a vitória do Brasil sobre o Canadá set a set
Quanto aos jogadores, mesmo com os problemas do Brasil no primeiro final de semana, quem vem sendo o destaque até agora eu acho que é o oposto Wallace. Antes da Liga Mundial tinha comentado que queria ver a atuação dele ao lado de Ricardinho, já que o levantador gosta de acelerar e Wallace sabe bater bolas assim. Pois o oposto têm correspondido e muito bem. Mesmo quando recebe as pedreiras comuns a sua posição, ele consegue se virar. Nesta tarde foi o maior pontuador, com 2o acertos.
E o Brasil, no ano passado principalmente, sofreu com opostos. Depois do Campeonato Mundial, Vissotto caiu e não passava aquela segurança necessária da posição. Théo nunca se firmou, alternando altos e baixos nos jogos. Agora chega Wallace, um cara jovem, bastante ágil e que amadurece a cada temporada. Há uns dois anos ele era a aposta do Sada Cruzeiro que só usava a força. Agora ele ainda usa, sim, a pancada, mas aprendeu a variar mais e se arrumar em quadra. Boa aposta para as Olimpíadas.
Nas pontas, Dante, com dores no joelho, ainda está rendendo pouco no ataque. Murilo errou alguns passes no começo do jogo contra o Canadá, mas, depois, entregou a bola nas mãos de Ricardinho. E Thiago Alves é mais um destaque. Ele tem entrado bem, dado mais volume na defesa e na rede ao Brasil. É mais um jogador que vive um ótimo momento e pode seguir no time até Londres.No levantamento, Ricardinho segue como titular. Mas é inegável que o Brasil ganha mais bolas de meio quando Bruninho entra nas inversões. Foi assim neste sábado, por exemplo, no terceiro set, com bolas para Lucão. Depois, quando voltou ao jogo, Ricardinho viu o momento do central e também passou a usar mais a jogada. Nas pontas, o jogo dele combina com o estilo de Murilo e de Thiago Alves, atacantes mais baixos e que batem as tais aceleradas. Como escrevi na sexta, Ricardinho está se entrosando com o time e ganhando mais confiança na distribuição. Coisa que só o tempo resolve.
O Brasil está se encaixando. Precisa melhorar? Sim. Mas ter vencido esses dois jogos e ter somado seis pontos já ajuda na tabela e na briga pelas vagas na fase final. E nada melhor para treinar para as Olimpíadas do que disputar mais um título da Liga Mundial. Domingo, contra a Polônia, já será um teste mais duro que hoje. O Canadá colocou pressão no ataque, mas parou quando a seleção se achou na virada de bola e no bloqueio e, principalmente, não segurou a pressão no saque. Os poloneses têm muito mais qualidade e vão dar mais trabalho
IG esporte*
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